OBJETIVOS E MISSÃO

A missão do CCAP-PE é promover valores éticos que garantam aos voluntários de pesquisas em HIV, acompanhamento integral com base nos Direitos Humanos.





O objetivo deste comitê é acompanhar as quetões éticas que envolvem as pesqusas e o voluntário, e o acesso à informação por parte de todos e todas. Dentre suas competências está a análise de protocolos de pesquisa em HIV nos seguintes campos:

1- Pesquisas de Medicamentos antiretrovirais;

2- Pesquisas comportamentais junto às pessoas vivendo com HIV e doentes de AIDS e populações de maior vunerabilidade (mulheres HSH, gays, travestis e transsexuais;

3- Pesquisas em vacinas anti-HIV (preventivas e terapêuticas);

4- Pesquisas em novas estratégias de prevenção ao vírus HIV (circuncisão, Profilaxia pré-exposição).



Para a concretização dos seus objetivos o CCAP-PE se propõe a vivenciar os seguintes princípios e valores básicos que afirmam a sua identidade:

1- Aproximação entre pesquisadores e a comunidade;

2- Monitoramento participativo do desenvolvimento das pesquisas em HIV/AIDS;

3- Ética que privilegia o sigilo e a segurança do voluntário;

4- Garantia de acesso a informação ao voluntário de qualquer alteração no curso do desenvolvimento da pesquisa;

5- Promover amplos e continuados processos de Educação junto as comunidades a serem pesquisadas.


quarta-feira, 10 de março de 2010

Vacina contra HIV é destaque de Encontro em Pernambuco


Especialistas do Brasil e da África do Sul trocam experiências
Olinda – Intercâmbio entre Brasil e África do Sul por uma Vacina contra a AIDS é pauta no “Encontro de Vacinas Anti-HIV – Brasil e África do Sul”, promovido pelo Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+). O encontro começa no próximo dia 11 de março em Olinda e vai reunir até sábado (13) especialistas nacionais e internacionais para discutir temas como pesquisas em Vacinas Anti-HIV, tratamentos terapêuticos (complementares) e participação comunitária. É a primeira vez que o evento com foco em vacinas anti-HIV é realizado em Pernambuco.

sábado, 6 de março de 2010

ENCONTRO DE VACINAS ANTI-HIV > BRASIL & ÁFRICA DO SUL

PROGRAMAÇÃO


11.03.2010
Quinta-feira

15h – Credenciamento

18h – Abertura do Encontro

· Wladimir Reis - Coordenador Geral do GTP+
· Eduardo Barbosa - Coordenador Adjunto do Depart. de DST, AIDS e Hepatites Virais, do SVS - Ministério da Saúde.
· Elise Levendal - SAAV - África do Sul
· Maria Goret Godoy - PE-DST-AIDS
· Cristina Menezes - Secretária Adjunta de Saúde de Olinda
· Ntando Yola - Fundaçao Desmund Tutu Trust – África do Sul
· Alexandre Menezes - IAVI


18h – Apresentação Cultural


20h30 – Jantar de confraternização


12.03.2010
Sexta-feira


9h – Mesa: Cenário de Vacinas Anti-HIV Brasil e África do Sul

· Palestrante: Alberto Duarte (Presidente Comitê Téc. Assessor de Vacinas Anti-HIV).

· Palestrante: Elise Levendal (SAAV - África do Sul)
Plano de Vacinas Anti-HIV – Brasil (2009-2012)
Estratégia da África do Sul para apoio a pesquisa em Vacinas Anti-HIV.

10h às 10h30 – Debate

Protocolo de pesquisa - Fase II - Vacina Terapêutica
Palestrante: Luiz Cláudio Arraes (UFPE)

Envolvimento Comunitário (Brasil - África do Sul)
Palestrante: Alexandre Menezes (IAVI)

11h30
às 12h - Debate

12h - Almoço


13h30 - Mesa: Participação Comunitária - Advocacy em Vacinas
Ativismo em Pesquisas
Palestrante: Ruan Carlos (ABIA - RJ)

CCAP/PE (Comitê de Acompanhamento Comunitário de Pesquisas Clínicas em HIV)
Palestrante: Wladimir Reis (GTP+ - PE)

15h às 15h30 - Debate

15h30 - Lanche e Apresentação Cultural de Lampião e Maria Bonita


Ações das ONG’s Aids no Brasil
Palestrante: Jorge Beloqui (GIV - SP)
Moderadora: Gleisy Gueiroz (Diaconia - PE)


Participação Comunitária em Pesquisas Clínicas em HIV.
· Palestrante: Ntando Yola (Fundação Desmund Tutu Trust - África do Sul)
Moderador: Alexandre Menezes (IAVI)


16h30 às 17h - Debate


17h - Encerramento


Circuncisão – Eficácia e Segurança Profilaxia pré-exposição (PrEP).
Novos métodos de prevenção do vírus HIV na África do Sul.
· Palestrante:

Tratamentos complementares para melhoria da qualidade de vida das PVHA
· Palestrante: Dr .

Moderador: Rubens Raffo (RNP+ - POA - RS)

11h30 às 12h - Debate



13.03. 2010
Sábado


9h – Mesa:
Novos métodos de prevenção do vírus HIV e tratamentos complementares.
· Palestrante: Jorge Beloqui (GIV-SP)
· Palestrante: Mônica Barbosa (Projeto Praça Onze - RJ)

10h às 10h30 - Debate


Elisa Levendal (SAAV - África do Sul)
Paulo Carvalho (UFPE)


12h – AlmoçoNegrito



13h30 – Mesa: Pesquisas Comportamentais – troca de experiências (Brasil e África do Sul)


Mulheres e AIDS - Principais Questões (Brasil/África do Sul)
Palestrante: Solange Rocha (UFPE)

Vulnerabilidade e Desafios de Pesquisa Comportamental para Mulheres.
Palestrante: Elizabeth Mills (Pesquisadora - Universidade Cap Town – África do Sul),

A realidade brasileira de pesquisa em relação às mulheres com HIV
Palestrante: Josineide Menezes (Gestos-PE)


15h30 às 16h - Debate

Moderadora: Josefa Conceição (GTP+ - PE)


17h – Considerações Finais


17h30 – Apresentação Cultural e Encerramento


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Estudo sobre AIDS é questionado

VIDA


Comissão de Ética em Pesquisa diz que teste clínico com portador de HIV não tinha aval para ser realizado.

Fabiane Leite


A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) detectou, pela segunda vez em um prazo de quatro anos, irregularidades em estudos do laboratório Abbott que envolviam usuários do medicamento Kaletra. O remédio é destinado a portadores do HIV, vírus causador da AIDS. A pesquisa ocorreu sem o aval da Conep, que tem a função deverificar se estudos clínicos (com seres humanos) são seguros para os pacientes.

Segundo resolução de 1996 do Conselho Nacional de Saúde, todas as pesquisas feitas no Brasil com a cooperação estrangeira devem passar pela comissão. A Abbott é uma multinacional.

"O trabalho (submetido em 2002) foi devolvido por falta de documentos e não foi reapresentado, então concluímos que teriam desistido", disse Gyselle Tannous, presidente da Conep. Mas, no ano passado, após apuração do departamento de auditoria do SUS ( Denasus) e questionamentos do Ministério Público Federal, a comissão descobriu que o estudo havia continuado, sem aval.

As apurações revelaram que o trabalho da Abbott envolvia dez centros no País, entre eles o Hospital Universitário Graffree Guinle, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), onde foi verificada in loco a irregularidade.

O Kaletra é uma droga de primeira linha, utilizada como opção inicial. Em 2005, a Conep já havia suspendido outro estudo da Abbott como medicamento, alegando que a empresa também não o teria submetido à avaliação.


DENÚNCIA


Naquele mesmo ano de 2005, o Denasus saiu a campo para apurar in loco denúncia anônima de que ocorria no hospital Graffree Guinle um estudo clínico clandestino, que não visava a acrescentar conhecimento científico, mas apenas estimular o uso de uma nova droga e garantir boa remuneração aos médicos participantes.

Um médico do local confirmou ao Denasus a existência do estudo e disse que a unidade teria recebido R$ 163, 5 mil para executá-lo, via uma associação. O profissional disse também que não teria contrato formal e que o trabalho não previa que a farmacêutica fornecesse remédios. Até a data da auditoria, 152 pacientes tinham sido incluídos na pesquisa do hospital.

A equipe de auditoria do SUS, que classificou a denúncia como "procedente", apontou que os gastos do Ministério da Saúde com o fornecimento da droga ao hospital aumentaram ao longo do estudo, saltando de R$ 78, 12 mil para R$ 1 milhão em 2005. E encaminhou, em 2007, questionamentos ao departamento de aids e hepatites do ministério.

A área de AIDS, apesar de classificar a evolução de gastos como remédio como normal - alegando que o Kaletra substituiu outras drogas como escolha inicial do tratamento -, criticou o uso de remédios comprados pelo SUS. Naquela época, o departamento de AIDS considerava que o trabalho havia sido aprovado pela Conep.

PROVIDÊNCIAS

O caso seguiu então do Denasus para o Ministério Público Federal, que no ano passado resolveu verificar se a pesquisa era regular e consultou a Conep. Questionada, a comissão revelou então que o trabalho não tinha aval.

"Estamos avaliando as providências cabíveis", disse o procurador Daniel Prazeres. Já a Conep pretende fazer uma inspeção do comitê de ética do hospital. "Queremos saber como ele se comportou", afirma a presidente da Conep.

Brasília, 16 de fevereiro de 2010
O Estado de S. Paulo - São Paulo/SP
Ministério da Saúde Institucional